O jogo de anca
Era sobre os africanos.
Gostava de comprovar se o que se diz por aí correspondia à verdade.
Não que eu goste particularmente de pilas grandes, até já escrevi sobre isso num post anterior, mas queria confirmar se o mito correspondia à realidade.
Não vivia obececada por isso. Mas a curiodidade estava cá.
Um dia conheci um negro muito bonito.
Ele também me achou piada.
Fiquei algo relutante. Ele era doido da cabeça. Artista. Aluado. Algo alucinado.
Mas um dia resolvi ceder. Com a simples intenção de comprovar ou de provar.
E assim foi.
Convidei-o para jantar em minha casa.
Um fim de tarde muito engraçado, bem disposto. E mais uma vez algo alucinado.
Ele, que foi um gentleman, ofereceu-me um disco, muito bonito por sinal, que ainda hoje ouço.
O jantar foi muito atribulado.
Resolvi fazer pela primeira vez chili de atum, uma receita fantástica dada pela minha amiga Beri. Mas isto de cozinhar um prato pela primeira vez, já tocado, tem muito que lhe diga.
Pego na cebola e corto um dedo, um golpe algo profundo.
Ele foi um doce. Tratou-me maravilhosamente bem.
Sinceramente estava espantada.
A seguir ao jantar e depois de mais uns copos de vinho, começámos a dançar.
E aí meus amigos começou a revelação do verdadeiro segredo dos africanos: o jogo de anca.
Ele mexia-se muito bem. Muito ritmo. Muito carnal. Muito sensual. Mui caliente.
Depois veio o resto.
Não estava nada mal. Mas, o verdadeiro segredo é mesmo o jogo de anca, ritmado, fogoso e muito, muito carnal.