Os diferentes caminhos da vida

Chateiam-me um bocado as separações.
Passamos anos das nossas vidas a cultivar relações e acho que nunca estamos preparados para o fim delas.
E quando falo de relações, falo de amor, de amizade, de companheirismo, familiares... todo o tipo de relações.
E também todo o tipo de fim, o trágico, o de livre vontade, o que nos é imposto e o idiota.
Todos nós já fomos obrigados a pôr um ponto final numa relação, ou em várias.
Faz parte da vida.
É um mal necessário.
Mas sofre-se sempre com isso. Eu sofro.
Valorizo as relações.
Gosto de pensar que dou sempre o meu melhor para as alimentar.
Mesmo sabendo que algumas pessoas não partilham desta opinião.
Sei que não sou uma pessoa fácil.
Mas tenho que ser?
Sei que há momentos em que temos que partir.
Sei que há momentos em que os outros têm que partir.
Sei que há momentos em que já não faz sentido.
Já não faz sentido.
Há momentos em que precisamos de nos distanciar.
Ver de fora.
Aprender.
Sentir.
Sofrer.
Para que depois tudo faça mais sentido.
Mas para mim não faz sentido ficar longe daqueles que amamos, seja de que maneira fôr.
Porque para mim são eles que dão sentido à vida.
São eles que me ajudam a encontrar o meu caminho.
Mas para isso tenho que lá estar para eles, como eles estão para mim.